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sábado, 15 de maio de 2010

"APOMETRIA" E A TERAPIA DE VIDA PASSADA

11º Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual (CELD).Rio de Janeiro.
Tema: Apometria
Palestrante: Arleir Bellieny
Exposição do Tema:
Cumprimento a todos e agradeço a oportunidade que vocês estão me dando para que, juntos, possamos exercitar um pouco mais o nosso psiquismo em busca do auto-conhecimento.
Apometria é um neologismo criado pelo Dr. José Lacerda de Azevedo, médico gaúcho.
Podemos definir Apometria como:APÓ - Preposição grega que significa: além de, fora de; METRON - Relativo a Medida.
Define-se o termo APOMETRIA como o conjunto de técnicas e procedimentos de aplicação medianímica, sintetizadas nas LEIS DA APOMETRIA por José Lacerda de Azevedo, na sua obra "Espírito/Matéria - Novos Horizontes para a Medicina."
Podemos conceituar APOMETRIA como sendo uma técnica anímica sem relação com a MEDIUNIDADE, que utiliza o desdobramento espiritual induzido ou espontâneo, cujo objetivo é tratar o paciente encarnado que, em desdobramento, é elevado a hospitais dos médicos espirituais para o diagnóstico e terapêutica.
Segundo Dr. Lacerda, esta técnica pode ser aplicada em todas as criaturas, não importando a saúde, a idade, o estado de sanidade mental e a resistência oferecida. É um método fácil de ser utilizado por pessoas devidamente habilitadas e dirigentes capazes. Apresenta resultado eficaz em todos os pacientes, mesmo os oligofrênicos profundos, sem nenhuma possibilidade de compreensão, afirma.
A origem desta técnica deve-se a um encontro de Dr. Lacerda com o portoriquenho Luiz Rodrigues, nos idos de 1965, no Hospital Espírita de Porto Alegre, após uma palestra apresentando sua técnica então denominada hipnometria.
Dr. Lacerda, entusiasmado com a metodologia, aplicou em sua esposa, Dona Yolanda - médium de grande sensibilidade - e continuou repetindo-a, aprimorando e compreendendo que não se tratava de hipnose.
Logo, o termo "hipnometria" não estava adequado para as novas técnicas desenvolvidas. Percebeu que a referida técnica ia além de hipnose. Daí o termo "Apometria", conforme explicado anteriormente.
Dr. Lacerda instituiu 13 leis específicas para aplicação desta técnica ("Espírito e Matéria, Cap. VI). Citarei apenas algumas:
Primeira Lei - Lei do desdobramento espiritual (Lei básica da Apometria):
"Toda vez que, em situação experimental ou normal, dermos uma ordem de comando a qualquer criatura humana, visando à separação de seu corpo espiritual - corpo astral - de seu corpo físico e, ao mesmo tempo, projetarmos sobre ela pulsos energéticos através de uma contagem lenta, dar-se-á o desdobramento completo dessa criatura, conservando ela sua consciência."
Observamos nesta lei a citação "pulsos energéticos", representados pela seqüência numérica estabelecida para contagem progressiva ou regressiva, de acordo com o caso e com o que se propõe.
Segunda Lei - Lei do acoplamento físico:
"Toda vez que se der um comando para que se reintegre no corpo físico o espírito de uma pessoa desdobrada, (o comando se acompanhado de contagem progressiva), dar-se-á imediato e completo acoplamento físico."
Ainda aqui, chamo a atenção para o termo "imediato e completo". Cada caso é um caso. Não sou adepto das generalizações. Lembro que estamos trabalhando com o psiquismo humano, que é dinâmico. Espíritos imortais com suas experiências milenares, hábitos, costumes e valores multifacetados. Portanto, não somos seres exatos. Em minha experiência com regressão a vivências passadas, observo que cada indivíduo traz a sua particularidade: Uns entram em transe com mais facilidade que outros, da mesma forma, no retorno ou acoplamento ao corpo físico segue a mesma dinâmica.
Décima-Terceira Lei - Lei da Influência dos Espíritos desencarnados, em sofrimento, vivendo ainda no passado, sobre o presente dos doentes obsediados: "Enquanto houver espíritos em sofrimento no passado de um obsidiado, tratamentos de desobsessão não alcançarão pleno êxito, continuando o enfermo encarnado com períodos de melhora, seguidos por outros de profunda depressão ou de agitação psicomotora.".
Como terapeuta de vida passada, em minha "praxis clínica", tenho tido a oportunidade de acompanhar dezenas de casos onde as vítimas do hipotético passado atuando no presente sob o psiquismo do indivíduo, produzem significativos efeitos oriundos de situações cujas causas encontram-se nos alicerces profundos do inconsciente. Nas formas de vidas anteriores, cujo universo psicológico - personalidade anterior - favoreceu decisões muitas vezes equivocadas. Práticas pouco lisonjeiras. Crimes hediondos que não foram punidos nem sabidos pela sociedade de então, afloram no presente mediante estímulos de naturezas diversas.
Essas vítimas do passado atuam no presente cobrando seus direitos. O algoz de ontem, agora como vítima, acredita não merecer tamanho sofrimento. Após tomar conhecimento da sua desdita, é orientado para modificar seus hábitos, costumes e valores atuais, sem os quais as reuniões de desobsessão, as anti-magias, e outras técnicas exorcistas não o libertarão, se não houver transformação do ser. É a reforma íntima espírita. Lembro à notável Dra. Nise da Silveira, quando afirmava: "Precisamos de afeto como precisamos de oxigênio." Nós, viajores do tempo, trazemos na nossa bagagem espiritual acertos e equívocos. Sem esforço pessoal não há crescimento espiritual. Ainda continuo confiando no autoperdão como única forma de nos desatrelarmos dos grilhões do passado.
Perdoar a si mesmo é abrir as comportas para receber o oxigênio do afeto, refrigerar nossas almas, para que o amor possa efetuar a transformação.
Ficamos por aqui aguardando uma nova oportunidade. Os “teimosos” que quiserem continuar este assunto ou qualquer outro que estiver ao alcance da minha compreensão, deixe seu comentário ou entre em contato através deste blog.

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