Artigo publicado em separata na Câmara dos Deputados, face ao projeto Lei que instituiu no Brasil, o dia 12 de agosto como o Dia Nacional da Juventude.
“O compromisso com a juventude é mais do que um acordo entre as partes. É uma tomada de consciência. É um pacto social”.
A primeira vista pode parecer absurda essa afirmativa. Entretanto, os que convivem diariamente com os hábitos, costumes e valores que formam o caráter do jovem da atualidade, entendem com clareza este raciocínio.
Esse “Bravo Agente” modificador de opiniões saiu do conformismo atávico, para abrir espaço para a construção da identidade e amizade na sociedade, criada pelos adultos e para os adultos. Daí, o intrigante conflito de gerações na Sociedade.
Enquanto o corpo biológico cresce, mudanças ocorrem também na psique.
A energia que estua com abundância, desencadeia o processo psíquico do desejo de liberdade. Busca comunicar-se com o mundo dos adultos e, na quase totalidade dos casos, não consegue ser compreendido. Rebeldia? Intolerância? Não obteve a educação adequada? Nada disso. O fato é recorrente em todas as classes sociais.
Uma vez impedido de se comunicar com os amadurecidos, o jovem forma com seus iguais, uma grande nação com simbologia própria, idioma, leis, práticas, verdadeiro ritual verbalístico e expressionista na esperança de ser entendido. A troca é perfeita entre os grupos. Ali não há críticas nem censura. Tudo é válido porque há entendimento. Os parceiros conhecem os códigos, e, através deles se comunicam.
Enquanto isso, a psique da pessoa madura, trazendo na sua formação crenças cristalizadas por hábitos adquiridos, sente-se impedida de abrir-se para os novos conceitos de valores e experiências vivenciadas e expressas pelos canais de comunicação, criado pelo jovem pelo desejo de liberdade que aflora, despertando o sentido de responsabilidade.
Liberdade! Penso: De que vale a liberdade se não tenho o direito de participar?
É notório que a sociedade não dá espaço para o jovem, porque também não o conhece.
A cada dia está mais dinâmico, criativo, empreendedor, mais consciente de seus compromissos. A juventude brasileira tem um papel preponderante na criação de novos valores, modificando os paradigmas, avançando no tempo, construindo o futuro, que é agora.
É de significativa importância que o jovem reconheça seu direito de cidadania e o preserve, utilizando-o em sua defesa, da sociedade, e consequentemente, da nossa “pátria amada Brasil.”
Certamente a caminhada terá obstáculos, mas,
Não há glória sem conquista
Não há conquista sem ousadia
Não há ousadia sem vontade
Não há vontade sem desejo, e o desejo é a alavanca propulsora daqueles que acreditam nos próprios sonhos.
“Dê-me uma alavanca e um ponto de apoio, que removerei o mundo.” (Arquimedes).
Arleir Francisco Bellieny – Psicólogo RJ.
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